sexta-feira, 10 de setembro de 2010

sacrifício.


Você apareceu, mas diferente das outras noites suas mãos estavam frias, seu olhar distante como se houvesse algo a dizer. O silêncio pairava no ar, eu me senti totalmente estranha naquele lugar que era cúmplice de tantos momentos felizes. Você começou dizendo que sempre te fiz feliz, que mesmo com os obstáculos da vida isso nunca nos impedido de vivermos a nossa vida, que pertencia apenas a nós e que era o motivo de tanta felicidade, que durante todo esse tempo em que estivemos um ao lado do outro a minha vida mudou para melhor. Ele estava com os olhos vidrados olhando para fora como se estivesse em outro mundo, e eu tão confusa não entendia onde ele estava querendo chegar com toda aquela conversa. Porque dizia tudo àquilo, sem coragem para olhar nos meus olhos, aquilo já estava me deixando louca, olhei para ele e suavemente levantei seu rosto com minhas mãos, olhei no fundo dos teus olhos tentando lhe passar segurança para que você pudesse me contar o que estava o deixando angustiado. O silêncio mais uma vez invadiu o quarto, houve uma pausa e você segurou em minhas mãos e disse: “Que me amou desde o momento que me viu e que meu sorriso que de cara te encantou. Mas com o tempo eu percebi que não sou capaz de fazer você a garota mais feliz, que o muito para mim não é o bastante para você, que seus sonhos são muito altos para mim”. E então lagrimas caíram da minha face ao ouvir o que ele tinha a me dizer, não bastasse suas palavras frias e tão dolorosas ele me deu um papel dobrado, e pedi para que eu lesse em voz baixa, no papel dizia assim: “Eu irei te amar para todo o sempre, nada e nem ninguém poderá destruir este sentimento que me invade e me faz refém em seus braços”. Rapidamente me lembrei daquelas palavras, ele se ajoelhou e com os olhos cheios de lagrimas me pediu para que eu o perdoasse desesperado ele implorou. Não tive reação fiquei durando alguns segundo observando aquela sena que era tão assustadora para mim, segurei suas mãos e o levante, sem palavras o abracei e ficamos durando alguns minutos parados ali, parecia que as lagrimas não tinham fim. Olhei bem no fundo dos olhos dele e baixinho disse “Não se desespere eu não tenho raiva de você muito pelo contrario, eu te amo e pelo fato de existir amor em mim eu não irei me revoltar, pois eu sempre vou querer o seu bem, mesmo que isso sacrifique a minha felicidade. Eu te deixo partir sem magoas, sua felicidade é o meu único propósito.”

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